Da Folha.com
A Prefeitura de São Paulo divulgou nesta terça-feira a nova padronização da frota de táxis da cidade. Os veículos vão ostentar uma faixa quadriculada nas laterais e traseira para facilitar a visualização pelo usuário e reforçar a fiscalização.
A faixa terá cerca de 10 cm de largura, nas cores amarela e preta. Os veículos seguirão brancos, cor usada desde a padronização feita pela ex-prefeita Luiza Erundina em 1989.
Os táxis terão que destacar ainda o número de registro na prefeitura e a identificação da frota que pertencem (rádio-táxi, cooperativa etc). Nos veículos da categoria Especial, a faixa será de cor vermelha com detalhes em branco.
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Padronização para os táxis divulgada pela Prefeitura de São Paulo; carros ganharão faixa quadriculada |
Segundo portaria publicada no "Diário Oficial do Município", as novas faixas devem ser pintadas ou afixadas por adesivos, e também será permitida a utilização de material refletivo.
A padronização ocorreu após estudo técnico do DTP (Departamento de Transportes Públicos), que pretende tornar mais fácil para os clientes a memorização dos veículos que recusam corridas ou que cometem infrações --e levar a eventuais denúncias.
A nova identidade será adotada nos 1.200 novos táxis que serão adicionados à frota de São Paulo por meio de sorteio. Para os alvarás mais antigos, a ideia é adotar o novo visual de forma gradual, à medida em que a frota for sendo renovada.
Os taxistas atuais terão de colocar os adesivos ao trocarem o veículo, que, pela lei, não pode ter mais de dez anos.
CRÍTICAS
Quando a mudança foi anunciada, em junho, o Sindicato dos Taxistas Autônomos fez críticas à prefeitura. "A prefeitura deveria se preocupar com a proliferação de carros clandestinos. Os táxis são suficientemente identificados, tem o luminoso em cima, a placa vermelha", disse Natalício Bezerra da Silva, presidente do sindicato.
A adesivação lateral dos táxis é comum em outras cidades. A mais parecida com a que será usada em São Paulo é a de Florianópolis (SC).
A faixa quadriculada lembra os antigos táxis de Nova York. Barcelona (veículos pretos com porta amarela) e Madri (brancos com faixa diagonal vermelha) também usam a identificação lateral.
Um dos motivos que levaram a prefeitura a estudar a medida foi o aumento do número de carros particulares da cor branca circulando.
Segundo estudo de 2010 da Dupont, líder mundial em pintura automotiva, no Brasil a prata lidera (34%), seguida da preta (24%) e da branca (13%). A cor branca lidera no Japão (28%) e na América do Norte (21%).